O Capitão América, herói que protagoniza o filme Capitão América — O Primeiro Vingador, é um herói diferente da maioria. Não é um personagem psicologicamente perturbado, como alguém que se veste de morcego e caça criminosos para vingar a morte dos pais ou tem que domar um monstro verde dentro de si. Nem é socialmente problemático, como alguém que tem que se esconder por ser diferente (mutante) ou é alcoolatra. E assume descaradamente uma nacionalidade, a americana — daí o nome, aliás.
Qualquer problema social que o personagem tem, aliás, é resolvido pelo exército norte-americano. Antes de se tornar o Capitão América, Steve Rogers (Chris Evans, que já fez o Tocha-Humana do Quarteto Fantástico) era um jovem mirrado, que queria porque queria se alistar no exército. Isso em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Só que era sistematicamente reprovado nos exames físicos. O físico mirrado — na tela, fruto de efeitos por computador — é o problema? Entra em ação o cientista Abraham Erskine (Stanley Tucci). É dele o soro do supersoldado, um experimento científico que, em suas próprias palavras, melhora aquilo que a pessoa tem de bom. E o mirrado Rogers se transforma em cobaia. Ganha músculos, resistência e agilidade além do que jamais sonhou ter. Em troca, apenas um pedido lhe é feito: que ele não deixe de ser quem é.
No começo, as coisas não saem como planejado. Depois de perseguir — e, graças aos novos poderes, capturar — um nazista que havia matado o cientista bem à sua frente, Rogers é nomeado o Capitão América por militares como o Coronel Philips (Tommy Lee Jones). Mune-se de um escudo e da roupa colante concebida nos quadrinhos para.... virar um ícone da propaganda militar americana, com direito a apresentações a la Broadway. Só assume realmente o papel de herói quando se vê numa situação em que tem que resgatar o amigo (e soldado) “Bucky” Barnes (Sebastian Stan) e mais centenas de soldados. É ali que ganha uma roupa de combate de verdade e um escudo virtualmente indestrutível. Ganha também o amor da tenente Peggy Carter (Hailey Atwell) e a admiração do industrial Howard Stark (Dominic Cooper). Aqui, cabe uma parênteses. Howard é pai de Tony Stark (o futuro Homem-de-Ferro, interpretado em dois filmes por Robert Downey Jr.) É rico, mulherengo, bom vivant e um cientista genial. Fácil de ver de onde Tony se tornou uma cópia-carbono.
No outro lado do front está o Caveira Vermelha (Hugo Weaving, de O Senhor dos Anéis e Matrix), vilão e mentor da organização Hidra, ligada aos nazistas. O Caveira tem em seu poder um cubo — o mesmo que já apareceu no recente filme do Thor — com poderes extraordinários, que podem mudar o curso da guerra.
Concebido em 1941 pelos autores de HQs Joe Simon e Jack Kirby, o Capitão América foi criado nas HQs da Marvel para ser exatamente um ícone do esforço de guerra dos norte-americanos. A referência é tão forte que, em alguns países, o filme de 2011 foi batizado apenas como O Primeiro Vingador. Mas o grande desafio foi contextualizar o personagem em 2011, uma vez que sua história se passa em 1941. Para isso, o diretor Joe Johnston bebe na fonte dos quadrinhos, mas sem captar a essência. O filme sugere que ele simplesmente foi encontrado, sem envelhecer nem nada, mas sem detalhar como. Para quem não leu as HQs, vai a explicação: após confrontar o Caveira em seu avião, o Capitão leva a aeronave para o Polo Norte e ali é dado como desaparecido. Graças ao soro do Supersoldado, ele não morre congelado, mas fica perfeitamente preservado no gelo até ser encontrado, 70 anos depois.
É quando ele desperta em um quarto de hospital e sai desnorteado pelas ruas de Nova York. Encontrado por Nick Fury, agente da SHIELD, o Capitão acaba recrutado para uma nova guerra, que pode ou não ser mais difícil que o combate aos nazistas. A seu lado, “soldados” como Homem-de-Ferro, Thor e Hulk. Mas isso é outra história, que fica para 2012.
Trailer oficial do Filme acesse o link.: http://www.youtube.com/watch?v=AC_JtPqbXvg
Crédito e Fotos: Matéria Bem Paraná - Maisto Daily Dose - Youtube .
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