sábado, 31 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA DO BLOG HOT KENGAS - THE GEORGE "THE LEGEND" BARRIS E BATMÓVEL, A VERDADEIRA DUPLA DINÂMICA


A Matéria de hoje é uma homenagem ao maior nome da Cultura Custom mundial e de todos os tempos, aquele que soube como ninguém sintetizar a paixão de uma geração por Carros, Cinema, TV, Heróis, e Personalização e Modificação de Automóveis que marcaram a história destes segmentos para sempre, além do infinito, seu nome "Foi, É e Será" George "The Legend" Barris o Rei dos Customizadores.

 
O Nosso homenageado faleceu neste último dia 05 de Outubro de 2015, na cidade de Encino, Califórnia, EUA, George Barris se transformou em uma lenda, no seu Studio Barris Kustom City foram criados, direta ou indiretamente por ele, os carros mais importantes da história do Cinema e da TV de todos os tempos, e neste mesmo estúdio conseguiu juntar os melhores designers da história, caras como o seu irmão Sam Barris dos primeiros anos antes dos primeiros carros encomendados para TV e o Cinema, quando revolucionaram a sua época com modificações dos carros da época, onde esta família já ditava as regras com todo o seu censo criativo e inovador, logo vieram Dean Jeffreys, Gene Winfield, Darryl Starbird, Bill Cushenberry, Tom Daniels, e outros que eternizaram o nome deste estúdio de criação de sonhos...

 
O Glamour da fase após o 1966 Batmóvel TV Series, contrasta com o início desta trajetória, alguns podem até pensar que a sua história se baseia nas imagens mais famosas que os amantes desta arte vivem a compartilhar nas redes sociais, mas o começo desta caminhada começou mais ou menos como nesta compilação em imagens históricas, Acompanhem...




THE BATMÓVEL - O CARRO MAIS FAMOSO E EMBLEMÁTICO DO CINEMA DE TODOS OS TEMPOS



Quando falamos de carros e cinema, falamos de duas paixões de milhões de pessoas por todo o mundo, agora quando falamos de carros no cinema ai a coisa pega, sem dúvidas nenhuma o carro mais famoso e emblemático do cinema de todos os tempos é o "Batmóvel" da série de tv norte-americana de 1966 The Batman, não há quem em algum momento da vida não tenha acompanhado um dos vários filmes, seriado na TV, revista em quadrinho e Etc sobre o tema...

O único carro que rivaliza com o seu dono no cinema é o Batmóvel, quando um filme novo do Cavaleiro das Trevas esta sendo produzido ou vai estrear, existem dois questionamentos quem vai ser o ator e como vai ser o carro...

A sua trajetória acompanhou o seu dono desde o inicio quando da sua primeira aparição em 1939 em uma revista em quadrinhos  "Detective Comics nº27" , não na versão como ficou famoso, mas como seu companheiro ao lado do garoto prodígio Robin, na época tudo começou com um Cadillac Conversível, que foi batizado com o nome de Batmóvel em 1941, o que diferenciava os dois momentos do carro nos filmes era a capota, quando estava com Bruce ficava aberta, e quando estava a serviço do Batman estava fechada...

O Primeiro Modelo do Batmóvel de 1943

 Imagem do filme com a primeira "Dupla Dinâmica" em 1943

Assistam este vídeo de um episódio de Batman de 1943, e vejam o primeiro carro usado pelo Cavaleiro das Trevas, ele aparece em algumas cenas, e tem uma curiosidade, Acompanhem e comentem se descobrirem...

 

Em 1966 surgiu a primeira versão do Batmóvel como ficou consagrada no cinema, veículo inspirado no 1955 Lincoln Futura Concept, houve muitos problemas na criação e desenvolvimento do modelo, como não tinham muito tempo tiveram que encontrar alguém para o trabalho, e no prazo recorde de 03 semanas, e esta missão ficou a cargo de George Barris, porque o filme estrearia em Janeiro de 1966, uma das maiores curiosidades foi o valor que Barris pagou no modelo encontrado em um ferro velho, apenas $ 1,00 dólar.

O projeto de customização e personalização de barris foi executado por Bill Cushenberry (criador do Silhoette) e Dean Jeffries ( Criador do carro dos Monkeys e do Besouro Verde), que aprimoraram os traços do modelo original da Ford, convertendo a parte dianteira em uma espécie de mascara integrada ao conjunto, também modificou os paralamas transformando-os de barbatanas em asas de morcego, alargando as arestas das portas e alongando as pontas, ele recebeu vários acessórios como uma camera traseira, um esporão na dianteira para derrubar barreiras, propulsores de foguete para partidas rápidas (Característica que é mantida até hoje em todos os modelos lançados) devidos a diversos problemas a sua transmissão e motor originais foram trocados pelo do Ford Galaxie da época,  a customização custou $ 30 mil dólares, na época o carro foi avaliado em $ 125.000 dólares, neste ano o modelo foi leiloado por mais de $ 4.000.000 milhões de dólares...

A última aparição oficial do veículo aconteceu em 14 de março de 1968, quando foi ao ar o último episódio da série de TV.


George Barris ficou muito conhecido pelo Batmóvel , aqui com alguns modelos de Batmóvel, também trabalhou na criação de vários outros modelos que atingiram grande sucesso nas telinhas e nas telonas...


Na imagem acima Dean Jeffries com uma miniatura do Monkeymobile, ele que trabalhou no Batmóvel e criou vários modelos para filmes e séries de TV como O Carro do Monkeys, o Carro do Besouro verde dois carros que também tiveram o seu momento e seu lugar na história do cinema... 


Na imagem acima Bill Cushenberry e seu Matador, outro importante customizador e personalizador de carros que também foi muito importante na finalização do Batmóvel, é reponsável pela criação de vários modelos inclusive o Silhoette que é um dos Sweet Sixteen da Hot Wheels...

O Batmóvel foi, é e será o maior Ícone da história do automobilismo no cinema...

A Verdadeira "Dupla Dinâmica" é George "The Legend" Barris e o 1966 Batmóvel TV Series...

RETROSPECTIVA DO BLOG HOT KENGAS - ENTREVISTA COM O COLECIONADOR PAULISTA NAGI SFEIR


ENTREVISTA COM O COLECIONADOR NAGI SFEIR

Nagi Sfeir colecionador e um profundo conhecedor de carros em miniatura, uma pedra preciosa no mundo do colecionismo diecast e colecionismo em geral, em um hobby que quando não se pensa em ajuntar a maior quantidade de miniaturas sem preocupar-se com a ORIGEM, CARACTERÍSTICA PRINCIPAIS E HISTÓRIA DAS MINIATURAS, este colecionador se destaca em uma minoria, que acabam se tornando estudiosos do tema, Acompanhem agora um pouco de suas impressões sobre o COLECIONISMO DIECAST...

Vamos à entrevista:

1 - Qual foi a sua primeira mini e como a conseguiu ?

R. A minha 1ª miniatura foi Matchbox Superkings nº K-8 Caterpillar Traxcavator, que ganhei no meu aniversário em 02/12/74 no Líbano, juntamente com outros 39 carrinhos, mas foi este o que abri primeiro.


2 - Quando surgiu a paixão pelo colecionismo diecast ?

R. Surgiu muito antes (4 ou 5 anos)da data do começo da coleção, eu via algumas crianças mais velhas brincando com os Matchbox e ficava morrendo de vontade de brincar com aqueles carrinhos, mas meu pai não podia comprar.

3 - Quantas miniaturas você tem em sua coleção ?

R. Atualmente devo ter aproximadamente 4.000 peças, um pouco ou um pouco menos.

4 - Você tem uma marca, ou escala preferida, a sua coleção tem um foco definido ?

R. Minha marca preferida é Matchbox, as escalas que mais gosto são 1:64 e 1:43, com relação ao foco, não tenho um específico, mas gosto de carros dos anos 50’s, policia e bombeiro e carros com personagens.


5 - Como você acondiciona as suas miniaturas, qual é o cuidado que você tem com elas ?

R. Atualmente minha coleção esta toda guardada em caixas, enquanto não exponho tudo, o que tem caixa ou blister fica guardado dentro dos mesmos, o que não tem, é guardado em caixas com divisórias para que os carrinhos não se toquem e danifiquem.


6 – Como você consegue as suas miniaturas, através de quais veículos você às adquiri ?

R. Antes de começar esta febre de colecionismo no Brasil, numa época que não tinha Internet, as únicas alternativas eram, feiras de antiguidades e pessoas que viajavam para o exterior, atualmente temos inúmeras alternativas, Internet, feiras de antiguidades, vendedores autônomos, importadores e revendedores, tudo motivado pelo aumento gigantesco do nº de colecionadores nos últimos 10 anos. Eu compro muito pelo Mercado Livre, Ebay e encontros de colecionadores.

7 - Qual é a sua opinião sobre o momento atual do colecionismo diecast do Brasil e no Mundo ?

R. O colecionismo diecast no mundo (Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Australia, Japão) sempre esteve em alta, visto, as grandes e antigas coleções que lá existem, mas no Brasil, apesar de ter grandes e antigos colecionadores, o colecionismo diecast, só decolou de uns 10 anos para cá em quantidade e qualidade, ou seja, estamos vivendo a era de ouro do colecionismo diecast, com um único senão, nós não recebemos a mais querida coleção entre a maioria dos colecionadores veteranos que é a coleção Matchbox .

8 - Você tem uma posição quanto a atuação da Mattel no Brasil ? Qual é na sua opinião a importância desta empresa no colecionismo diecast como um todo ?

R. A empresa melhorou muito, quanto aos quesitos diversidade e velocidade de chegada dos produtos, quanto a importância, apesar de todas as reclamações, a participação da Mattel foi crucial para o crescimento do colecionismo diecast no Brasil.

9 - Qual a empresa que você acha que nos dias atuais poderia ou poderá fazer um trabalho inovador em matéria de colecionaveis ?

R. Atualmente a marca que tem se mostrado mais participativa é a Greenlight, cujas, miniaturas, são de uma qualidade muito boa e vem demonstrando vontade de participar dos eventos de colecionismo diecast, outra que ainda precisa participar mais é a M2, que tem miniaturas muito boas.

10 - Você costuma participar de Eventos, Encontros, Feiras e Convenções de Colecionadores Diecast ? Qual destes eventos marcou a sua vida como colecionador ? Você tem alguma história que tenha ocorrido em um destes eventos ?

R. Costumo ir a quase todos os eventos que acontecem, mas não chego ao ponto de dizer que algum marcou a minha vida como colecionador. O fato mais incrível que aconteceu, foi logo após o 3ª Convenção anual da Mattel em 2010 em Porto Alegre, comprei 3 conjuntos das 3 miniaturas do evento, a após alguns dias, encontrei ma essa que queria as miniaturas e após conversarmos, aceitei trocar por um netboock, no qual respondo estas perguntas.


11 – O que você achou do fechamento do RLC do Brasil e do cancelamento da 4ª Convenção Anual Hot Wheels no Brasil por parte da Mattel do Brasil ?

R. O RCL, já nasceu para fechar, pois o que começa errado não tem como vingar, até da a impressão de que nem queriam que funcionasse, e não me surpreendeu a atitude da Mattel, pois não há nenhum comprometimento com o cliente e sim somente com o lucro, para a Mattel o evento é considerado gasto e não investimento.

12 – Quando você pensa em colecionismo diecast no Brasil do que você sente falta, se você pudesse fazer alguma coisa que revoluciona-se o nosso hobby, o que você faria ?

R. O que ajudaria muito o colecionismo diecast no Brasil, seria a diminuição dos impostos cobrados sobre os brinquedos em geral.



13 – Você acha que os colecionadores brasileiros são marginalizados ? ou nós e eu me incluo temos “complexo de coitadinho”, e a coisa não está tal feia quanto dizem ?

R. Os colecionadores brasileiros, tem “complexo de coitadinho”, pois nos encontros e convenções a grande maioria não e nenhum “coitado”, mas sim, “velhacos e raposões”, chorando lágrimas de crocodilo, dada a qualidade e quantidade de peças que tem.

14 - Qual foi a maior loucura que você já fez por uma miniatura ? Qual foi o maior valor pago por um modelo ? E qual é a sua “Menina dos Olhos” a mais importante do acervo ?

R. Não me lembro de nenhum ato que possa ser considerado loucura para conseguir uma miniatura, mas já economizei por vários meses para comprar uma peça específica, tenho vária miniaturas, cujo, valor esta oscila entre US$100,00 e US$800,00. A miniatura que mais gosto e isto é bem pessoal e envolve questões emocionais difíceis de explicar, é o SAAB SONETT III – Nº 65 DE 1973.



15 – Você tem um lugar ou local especial na sua casa ou escritório onde você expõe suas miniaturas ?

R. No momento estão todas guardadas em garagens no subsolo (caixas de papelão), espero que num futuro próximo possa expô-las novamente.

16 – O que você achou quando descontinuaram a Série Básica Matchbox para o Brasil ? Qual a sua opinião sobre esta marca ? Eu sei que esta marca faz parte da sua história pessoal, você pode nos contar o porque ?

R. Sobre a descontinuação da marca Matchbox, somente tenho a dizer o seguinte “SINTO MUITO”, não sei qual a estratégia da Mattel, pois, os carrinhos Matchbox são muito mais legais e reais que os da Hot Wheels. No Brasil e no mundo no começo dos anos 70’s, Matchbox era sinônimo de carrinho de ferro e como falei acima no meu aniversário em 02/12/74, quando estava a passeio no Líbano, ganhei 40 miniaturas Matchbox e foi ai que começou a minha coleção e na minha ida ao Líbano (12/2011 – 02/2012), comprei mais de 30 miniaturas desta marca e outras tantas de marcas diversas.

17 – A pouco tempo você concedeu uma entrevista para a Veja SP, como chegaram até você ?, o que você achou da entrevista ? O que na sua opinião faltou ser dito nesta entrevista ? Você acha que finalmente nos descobriram ?

R. Realmente no mês de 12/2011, participei de uma entrevista e de uma seção de fotos para uma matéria da revista Vejinha, cuja, jornalista chegou até mim por indicação do grande amigo Douglas (T-Hunted), a entrevista foi boa, mas teve alguns dados que respondi que foram modificados, a matéria foi insossa, muita foto e pouco de importante foi dito, podia aproveitar melhor o espaço disponibilizado, ainda não nos descobriram, mas se continuarmos na mesma toada, o colecionismo diecast vai ser notado de uma forma mais considarável.

18 – Além das miniaturas de carros de metal, o que mais você coleciona ?

R. Quanto a outras coleções tenho várias: selos, moedas, cédulas, gibis (heróis Marvel e DC, tenho tudo que saiu no Brasil de 1977 até 1993) e Kinder ovo. Da linha do kinder ovo, só coleciono o que acho bonito e os bonecos de metal são a principal linha da minha coleção de Kinder, no Brasil saíram de 1994 á 1998 totalizando se não estiver enganado 65 peças considerando as variações de cor, mas conseguir as peças que não saíram no Brasil é mais complicado, pela dificuldade de achar as peças e quando acha o preço é muito caro, principalmente no nível em que minha coleção se encontra, 100% desta coleção agora só é comprado via Ebay.



19 – Qual é a pergunta que nunca ninguém te fez, e você gostaria muito de responder, fique à vontade ?
 
A pergunta é: POR QUE COLECIONO.

R.Coleciono porque ao visualizar algo em uma determinada quantidade e qualidade, sinto um prazer e uma paz de espírito muito grande, quando tinha algumas peças expostas na vitrine, podia chegar estressado da rua, era só ficar alguns minutos em frente dela que logo me tranquilizava, e isto acontece também com os meus álbuns de selos, moedas e notas, o ato de colecionar de modo quase neurótico, é a minha mais clara manifestação do louco que existe em cada um.



20 - Qual a dica que você poderia dar para os colecionadores que estão começando, e que ainda não sabem por onde seguir ?

R. Se você tem para gastar colecione tudo que gostar, senão, tenha um segmento para o qual direcionar a sua coleção (Ferrari, caminhões, polícia, carros rosa, hot, etc...), senão você vai ser engolido por ela, que pode não parecer um vício, mas é tão ruim quanto às drogas, se fugir de controle. Um dos segredos de uma boa coleção é ter bons amigos colecionadores, que poderão ajudá-lo na busca do seu tão procurado tesouro.


Foi um prazer responder a estas perguntas e ter mais uma oportunidade de tentar expor meus pensamentos e pequena parte de minha coleção.

Um grande abraço para todos do Hot Kengas

RETROSPECTIVA DO BLOG HOT KENGAS - ENTREVISTA COM BRYAN BENEDICT DESIGNER MASTER HOT WHEELS CONVIDADO ESPECIAL DA COLECON BRASIL 4 2015

 
Entrevista com Bryan Benedict, Designer Master Hot Wheels, responsável pela criação de miniaturas da Série Básica Hot Wheels, Alguns modelos da Coleção Retrô Entertainment Need For Speed, Coleções Star Wars da Hot Wheels 2015, e ainda Avengers, Guardiões das Galaxias, Marvel e DC, e ainda responsável com alguns colaboradores da criação do Darth Car em tamanho real, ele estará na Colecon Brasil 4, em Julho de 2015, Agora acompanhem a entrevista...  

 
Entrevista


1 - Quando começou a sua paixão pelo Automobilismo?


Cresci nos anos 70 em uma fazenda de gado leiteiro em Central Valley, Califórnia, EUA, muito da influência automotiva veio cedo através da cena LowRider Hispânica. Meu Pai e cinco irmãos mais velhos tinham carros, por isso, os carros fizeram parte da minha vida desde o inicio. Lembro-me de dizer aos meus pais que eu queria projetar carros, e eu tinha apenas 5 anos de idade. Minha mãe me dizia que não era um trabalho real, e que eu não poderia ganhar dinheiro apenas desenhando carros. Mas, mesmo nessa tenra idade eu sabia que não seria fácil, e que não bastava só olhar, e fazer as coisas por conta própria,  Alguém tem que vir com a ideia para que possa retirá-la, pensei...


2 – Você colecionou miniaturas diecast de carros na sua infância ou Adolescência?


Sim, eu era definitivamente um garoto que gostava de Hot Wheels,  desde o início os carros Hot Wheels  foram o brinquedo principal que eu tive desde pequeno, em parte porque eles custavam apenas US $ 1, por isso, foi uma das únicas coisas que minha família podia pagar (Meu pai era um lavrador e criou 9 filhos, por isso, não tinha muito dinheiro). Como um adulto eu ainda iria comprar alguns carros Hot Wheels, aqui e ali, quando eu via algo que eu realmente gostava. Eu não era um colecionador sério, mas sempre valorizei  os carros Hot Wheels. Eu ainda tenho todos os meus carros Hot Wheels originais de quando eu era uma criança, e agora que eu estou trabalhando para Hot Wheels, eu tenho uma boa coleção de carros.

 
3 – Onde, Quando e Como começou a sua carreira de designer?


Quando eu tinha 12 anos, eu escrevi uma carta para a General Motors perguntando se projetar carros foi um trabalho real (uma vez que a minha mãe tinha me dito que não era). Eles me enviaram uma resposta dizendo "sim, é claro que é um trabalho real", e me  forneceram todas as informações que eu precisava para começar em uma carreira em design, dirigindo-me para uma das grandes escolas de design automotivo como Art Center College of Design ou Centro de Estudos Criativos. Então eu fui para Art Center eme  graduei em 1994. O meu primeiro trabalho fora da faculdade foi na Honda R & D aqui no sul da Califórnia.


4 - Você fez algum curso de Design? Onde você estudou? Você teve alguém que tenha te inspirado? Quem?


Estudei Transportation Design no Art Center College of Design em Pasadena, CA. Eu tive alguns instrutores lendários como Strother MacMinn e Harry Bradley, e OK Ervin, que era um grande mentor para mim. Harley Earl, o chefe de design da General Motors original, foi provavelmente a minha maior influência do design nos meus primeiros anos.


5 - Quais foram os seus primeiros trabalhos?


Eu tive a oportunidade de trabalhar em um grande número de diferentes empresas de automóveis, enquanto na indústria automotiva. Comecei minha carreira na Honda, onde passei cinco anos no estúdio de design exterior. Então eu fiz alguns contratos de curta duração na Mercedes-Benz e Mitsubishi, antes de passar três anos em um estúdio de design de interiores de automóveis em Michigan, onde eu trabalhava em projetos para GM, Ford e Chrysler. Eu me mudei de volta para Los Angeles em 2002 e trabalhei como designer independente em projetos para Ford, Mazda, Hyundai e uma série de outras companhias de automóveis  antes de fazer a mudança para carros pequenos


Este é o Produto Oficial da San Diego Comic Con original de um modelo criado pelo Designer Bryan Benedict...





6 - Quando você trocou os carros de verdade pelas Miniatures de carros, e o que te motivou a tomar esta atitude?


Eu recebi um telefonema da Hot Wheels perguntando se eu queria me juntar à sua equipe de design. Como um designer na indústria automóvel, Eu sempre pensei em Hot Wheels como o trabalho de design melhor do que o de carros, então eu agarrei a oportunidade.


7 - Quando você entrou na Mattel? E na sua opinião em que grau você acha que chegou na sua carreira como Designer Hot Wheels?


Estou na Mattel a pouco mais de 10 anos agora. Estive em Hot Wheels Design Durante esse tempo todo, primeiro supervisionando os carros Hot Wheels básicos, e em seguida, levando algumas de nossas iniciativas de entretenimento e de inovação, antes de voltar para o grupo  anos atrás para trabalhar com diecast premium, Monster Jam, e Agora,com carros licenciados com caracteristicas de personagens.


8 - Desde o inicio de sua carreira você se dedicou aos carros fantasiosos, ou você fez alguns carros baseados em modelos reais?


Eu sempre fiz os dois tipos de carros, os Hot Wheels Originals, como lhes chamamos, e carros reais, ou réplicas. Meu primeiro molde Hot Wheels carro básico foi o Ford GTX-1, e eu fiz uma série de réplica de carros Hot Wheels Retrô Entretenimento, a Coleção Need For Speed com o Mustang ​​personalizado e o Koenigsegg Agera R. Mas eu acho que a minha especialidade é fazer carros criatura e carros com a caracteristica de personagens, que se parecem como carros autênticos.




9 - Os modelos que você desenha atualmente, foram criações e inspirações da sua cabeça, ou você recebeu a missão de cria-los através de uma encomenda?


Os designers da Hot Wheels são bastante livres para trabalhar a partir de sua imaginação, mas temos alguns parâmetros que nós trabalhamos dentro do grupo. Podemos ser encarregados de fazer um certo número de hot rods ou carros temáticos ou qualquer um em uma determinada época, mas o céu é o limite a partir daí. Ou, no caso de carros de caracteristicas, as caracteristicas específicas que decidimos fazer são o resultado de muitas discussões entre o marketing, o design e o licenciante, mas nós, como designers temos muita liberdade com a execução real do design.



10 - Você acha que ainda existe espaço para que sejam criados mais modelos neste segmento que você atua? Você acha que este campo é fértil pelo número de personagens existentes das mais diversas franquias de entretenimento, Qual a sua Opinião?


Sim, acho que mesmo dentro das licenças que estamos atualmente focados, há uma série de personagens chave que nós ainda não exploramos. E, claro, há sempre novas oportunidades em outros licenciados também.

 


11 – Você já participou de Convenções ou Eventos de Colecionadores de Miniaturas Diecast de Carros? Se já participou, cite alguns? Qual a sua opinião sobre estes eventos?


Sim, eu tenho sido convidado para muitas convenções de colecionadores de carros, incluindo a Convenção anual Hot Wheels Collectors em Los Angeles e SuperToyCon em Las Vegas. Estes eventos são sempre muito divertidos para mim. É ótimo para se conectar com os fãs e ouvir seus pensamentos. Eu sempre tento manter os colecionadores em mente ao projetar meus carros. Eu acho que é importante para manter a comunidade de colecionadores felizes.


12 – Você vai participar pela primeira vez de um evento de colecionadores no Brasil, esta informação é correta? Como e quem fez o convite? Porque você aceitou este convite de participar da Colecon Brasil 4 em parceria com o Anime Friends como convidado especial? 



Sim, está correto. Na verdade, esta será a minha primeira vez no Brasil, não apenas para um evento de colecionadores no Brasil. Estou muito animado com isso. Foi o organizador da Colecon Brasil, Silvio José Schiavon que me enviou o convite para vir para 4 Colecon Brasil.


13 – Quais são as datas que você estará na Colecon Brasil 4 em Julho de 2015?


Eu vou estar lá no show nos dias 17, 18, 19 de julho de 2015.


14 – É a primeira vez que a Mattel como empresa apoia e se envolve diretamente em um evento de colecionadores que não foi organizado por ela no Brasil, Porque você acha que isto aconteceu?


A criação do carro Darth Vader  em tamanho real, e a popularidade da linha de Star Wars na Coleção de carros de características de personagens que foi construído para a celebração, juntamente com o sucesso de nossos carros de personagens da Marvel e DC abriram as portas para muitas novas oportunidades, ajudando especificamente na ponte entre os entusiastas de carros diecast e fãs da cultura pop. Sendo o Brasil o segundo maior mercado, nós sentimos que é importante estar lá.



15 – Você já tinha ouvido falar da Colecon?


Eu tinha ouvido falar dele antes, mas eu realmente não sei muito sobre o evento.


16 – O que você espera encontrar no Brasil? Qual é a sua expectativa sobre a sua participação na Colecon?


Estou ansioso para aprender mais sobre os colecionadores brasileiros, e ver o que as grandes tendências significam para eles. Além disso, além de minha participação no show, eu espero conseguir dar uma volta e conhecer um pouco de São Paulo, enquanto minha esposa e eu estivermos por lá.


17 – Você participará de um painel sobre você e sua carreira, tem alguma surpresa que apresentará para os colecionadores brasileiros? Pode dar uma dica do que vem por ai?


Sim, tenho visto que os colecionadores brasileiros são muito apaixonados por Hot Wheels, por isso estou ansioso para falar com eles, e interagir com eles. Eu vou falar sobre o meu pensamento por trás dos projetos e do caráter de carros em geral, e estarei compartilhando algumas imagens inéditas de alguns futuros carros de personagens da Marvel.

Este foi um pouco do nosso convidado especial para a Colecon Brasil 4, não deixem de visitar o evento deste ano, será realizado no Campo de Marte - Santana - São Paulo - SP - Brasil nos dias 10, 11, 12 e 17, 18, 19 de Julho de 2015...

Não deixem de participar, muitas surpresas aguardam a todos que visitarem o evento...

Mais algumas imagens de trabalhos do Designer Bryan Benedict, Confiram...





RETROSPECTIVA BLOG HOT KENGAS - ENTREVISTA COM SERGIO GOLDVARG ÚNICO SUL AMERICANO NO HALL OF FAME DIECAST EUA


ENTREVISTA COM SERGIO GOLDVARG

COLECIONADOR, ARQUITETO, JORNALISTA, DESIGNER DIECAST, INDUSTRIAL, EMPRESARIO, FOMENTADOR DE COLECIONISMO DIECAST.

Hoje temos a honra de entrevistar Sergio Goldvarg, Argentino de origem, nascido na Capital Buenos Aires, Casado com Mariana, e pai de três filhos, Kevin (22), Katia (20) e Karen (11), e hoje radicado nos Estados Unidos,  a primeira personalidade da América do Sul a ser indicado e fazer parte do Hall Of Fame Diecast, o que aconteceu neste ano de 2014.

Um acontecimento muito importante se notarmos que a maioria dos indicados fazem parte do Eixo Estados Unidos, México e Canada...

Conhecendo a sua biografia fica fácil saber porque ele foi indicado, mas difícil saber porque demorou tanto, pois depois desta entrevista vocês vão conhece-lo melhor, e chegaram a conclusão que existem poucas pessoas no mundo que já puderam fazer o que ele fez em sua trajetória até hoje, Acompanhem a Entrevista...


01 – Quando começou a sua paixão pelas miniatures diecast? Qual foi a sua primeira miniature? Qual a marca?

R.: Eu comecei a colecionar, como, principalmente, a maioria de nós, o lendário Matchbox (os reais, feitos na Inglaterra!) , Mas quando eu tinha seis anos , meus pais me deram para no meu aniversário um Jaguar Tipo D da Solido na escala 1/43 , e que foi o início de tudo . Eu fiquei espantado com o tamanho desse modelo (que era enorme para as mãos de um menino de seis anos de idade). Desde então, nunca mais parei de colecionar. Desde aquele momento, eu decidi que 1/43 era a escala a ser seguida. Eu acho que, 50 anos depois, eu não estava enganado.

02 – Você sabe dizer como era, e como é hoje o colecionismo na América do Sul?

R.:  Bem, eu não sei se é difícil ser um colecionador no Brasil, mas na Argentina as regras do governo realmente  nunca são claras na Argentina , eles mudam quase que em uma base diária (como, por exemplo, agora com Cristina Kirschner ) . Um dia, a importação de bens está aberta, no dia seguinte está fechada. Em seguida, os deveres podem mudar, seguindo pela mudança diária no valor da moeda estrangeira, o que significa que os modelos importados alteram seus preços a cada dia , é muito louco , não só para um colecionador , mas para um cidadão que quer regras claras por parte do governo e não é capaz para encontrá-los .

Mas a pior parte e o grande esforço, foi quando eu decidi fabricar minha própria gama de modelos de metal branco em 1/ 43, a "Coleção Goldvarg " . Não havia história de fabricação, e não tinha máquinas, por isso tive que começar do zero, mesmo com a concepção e construção, não só as ferramentas, mas também o equipamento completo necessário.

Levei quase um ano para ter a máquina pronta, e em seguida, outra questão era aprender como fazer os moldes de borracha, o processo de centrifugação, a mistura de fundição de metal direta, seus componentes e temperaturas adequadas. Foi muito difícil e cada dia de atraso estava custando dinheiro.

Outro problema era lidar com as regras aduaneiras. As pessoas que trabalham lá, pensam curto, pensam que só porque tem quatro rodas é um brinquedo, e o preço de exportação ficou cara. Eles não podiam entender que eu estava falando de um modelo de metal branco em escala, feito à mão para colecionadores exigente!!


03 – Quando você assumiu a sua condição de Colecionador? E se foi fácil seguir um caminho, focando em segmentos definidos de miniatures diecast em marcas e escalas?

R.: Quando recebi o Jaguar Solido 1/43, eu decidi não brincar com ele, e manter a caixa original, que eu ainda tenho hoje. Então, eu diria que começou em outubro de 1962. Claro que, como o Solido estava em escala 1/43, então eu decidi colecionar apenas esse tamanho. Mas ao longo dos anos, eu também comecei a comprar alguns modelos na escala 1/18. Com alguns ônibus e caminhões, há muito boas marcas lá fora...

04 – Quantas miniaturas você tem em sua coleção atualmente? E como são acondicionadas?

R.: Agora eu tenho mais de 14 mil, principalmente na escala 1/43 e cerca de 2.000 na escala 1/18. A maioria deles estão em vitrines em casa e no meu restaurante temático, chamado de " Waffleworks " , localizada na 3265 Hollywood Boulevard, Hollywood , Florida. Alguns deles eu mantenho em suas caixas originais e de vez em quando eu exponho nas vitrines, assim eu sou capaz de ver todos eles.

05 – Você consegue explicar, transforme em palavras o sentimento que leva uma pessoa a colecionar?

R.: Qualquer colecionador tem duas características, que são Obsessão e posse, não importa que tipo de coisa você coleciona ( selos, miniaturas, miniaturas de estrada de ferro , moedas, etc.)

Quando você está a procura de uma miniatura de carro e, finalmente, você tem em suas mãos , o sentimento só pode ser compreendido por outro colecionador ...


06 – De onde surgiu a ideia de se tornar um jornalista especializado em miniatures de carros diecast? Você sabia que seria o primeiro a abordar este tema em toda a América do Sul?

R.: Em 1980 eu estava comprando revistas de automobilismo da Europa, só porque eles  traziam dentro de uma ou duas páginas relacionadas a miniaturas de carros. Eu estava sempre esperava por elas, não havia revistas sul-americana que e eu estava ciente, que escreviam sobre assuntos relacionados a colecionadores.

Então eu disse: "Por que não uma revista da América do Sul " . Eu decidi ir para os escritórios da revista de automobilismo conhecido "CORSA", que era impressa em Buenos Aires e eu perguntei para o diretor. Naquele momento, o diretor era um verdadeiro cavalheiro chamado Carlos Fresco.

Quando fui ao seu escritório particular, perguntei-lhe: " Por que você não tem uma seção referente a miniaturas de carros? " . Sua resposta foi simples e direta: "porque não conheço ninguém com o conhecimento para escrever semanalmente sobre esse assunto".

Minha resposta foi quase imediata: "Bem, aqui você tem um na sua frente" Então, você começa hoje! Ele respondeu imediatamente. Essa foi a história por trás do meu início como jornalista de miniaturas de carros, e que mais tarde foi expandido para carros de corrida, carros históricos, etc...

07 – Você acha que é o principal fomentador do colecionismo diecast de carros em miniatures na Argentina?

R.: Eu tenho certeza que eu ajudei muito. Especialmente porque comecei a fazer exposições com a minha coleção em muitos lugares, como o Museu da Renault, o Automóvel Clube Argentino, Feira Agropecuária, Exposições Industriais, etc... eu fiquei surpreso com os comentários de pessoas . Muitos deles me disseram que eu era a pessoa que os inspirou a começar a colecionar miniaturas diecast de carros.

08 – A Sua Coleção foi reconhecida mundialmente pelo Guinness Book, você pode nos contar como foi?

R.: Na década de noventa, eu era uma figura pública relacionada a carros e Motor Sports ( eu era secretário da corrida de Fórmula 1 Marlboro Grand Prix na Argentina), de modo que a abordagem pelo Guinness foi fácil, como eu tinha muitas aparições em TV e revistas , por causa da minha coleção. Eu não sei quantas pessoas teriam sido citadas duas vezes no Livro Guinness dos recordes, mas estive em 2005 e 2009. Estou muito orgulhoso disso.


09 – Além de Colecionador, você é uma espécie de empreendedor dentro do colecionismo de miniatures diecast de carros, é ao mesmo tempo Criador, Fundador e Construtor da primeira fábrica deste segmento na América do Sul, nos conte como foi esta aventura? O que o levou a tomar esta iniciativa?

R.: Como eu disse antes, não foi nada fácil, para começar um modelo de metal branco indústria automóvel na Argentina (acho que nada é fácil lá...), mas a ideia surgiu quando eu estava à procura de miniaturas de carros americanos dos anos cinquenta na escala 1/43, que nunca foram fabricados, como o 1957 Oldsmobile Starfire, o 1952 Kaiser Henry J, o 1956 Mercury Montclair, etc. Então, eu disse: "por que não fabricar para a minha coleção e também para os colecionadores que estão à procura no mundo por estes modelos e que não estão disponíveis no momento? E foi assim que tudo começou, é por isso que nas caixas Goldvarg Coleção e brochuras diz: " A partir de um colecionar, para os colecionadores ".

10 – Como é ter uma coleção que leva o seu nome? E mais ainda, como é ter o reconhecimento por conseguir produzir peças tão bem acabadas e originais em um mercado tão competitivo e exigente como nos Estados Unidos? E sem ter nenhuma experiência anterior nesta área? Foi sorte? Qual é a sua definição para este fato?

R.: Eu não acho que tem sorte em tudo, eu posso dizer que foi um grande esforço e paixão por miniaturas de carros. Mas, foi um sentimento orgulhoso de ver nas caixas e na placa de base do nome "Goldvarg". Eu tenho o "001" de cada um dos modelos já lançados e quando os vejo, eu ainda tenho a sensação de orgulho que eu tinha há 25 anos atrás...

11 – Me conte a história da primeira miniature que você produziu? Como e quando surgiu a primeira encomenda para produção de um modelo? E Quais foram os modelos produzidos em escala?

R.: O primeiro modelo de fabricação foi o Oldsmobile Starfire de 1957, só porque eu adorava o carro. Quando eu terminei o primeiro protótipo (que ainda tenho em minha coleção), eu decidi comprar um bilhete de avião e voar direto para os EUA. O primeiro lugar que eu visitei com meu Oldsmobile foi Auto Fanatics em Sherman Oaks, Califórnia. Foi um momento incrível, porque o lugar estava cheio de colecionadores naquele momento, e quando eu tirei o modelo fora da caixa pela primeira vez, todos os colecionadores queriam comprá-lo de mim, e não importava o preço que eu poderia pedir por ele! !

Mesmo o proprietário queria comprar uma centena de modelos de imediato, e era apenas uma loja de varejo, e não um atacadista. Assim, o futuro parecia brilhante.

Então eu decidi começar a produzir vários modelos ao mesmo tempo: o Olds, um Chevrolet Stylemaster quatro portas 1946, o 1951 Chrysler imperial Limousine e o Lincoln Premiere 1956. Os protótipos foram exatamente como o modelo de produção. Havia apenas uma diferença, no Oldsmobile Starfire 1957: os assentos eram reunidos em vez de pintado. Parecia muito realista, mas logo percebi que se ele iria ficar na prateleira de um colecionador, a poeira iria arruinar a visão do assento. Assim, a partir do segundo Oldsmobile, todos eles vem com os assentos pintados.

12 – Ficamos sabendo que você também se envolveu na organização de corridas de fórmula, é verdade? Pode nos contar como foi esta incursão no mundo do Automobilismo de Corridas?

R.: Trabalhando na revista Corsa, as portas se abriram para o mundo do carro real, que é o que eu gosto. Pude conhecer pessoas incríveis, como O Engenheiro Rafael Serra, que era, naquele momento, o diretor da FIA ( Federação Internacional de L´Automobile) na Argentina. Ele era o diretor da corrida e ele sabia sobre o meu conhecimento e envolvimento no automobilismo, então ele me pediu para fazer parte da organização, e nós fizemos isso. Foram momentos maravilhosos, passar cinco dias juntos com todos os grandes pilotos da época, como Michael Schumacher, Rubens Barrichello, Damon Hill, Jacques Villeneuve, Giancarlo Fisichella, Mika Hakkinen, David Coulthard, Eddie Irvine, Jean Alesi, etc.. todos  grandes nomes do automobilismo mundial.


13 – Voltando a sua coleção, alguém com uma coleção tão grande, diversificada e valiosa, deve ter sido convidado várias vezes para expor as suas preciosidades, Pode nos contar como isso aconteceu, aonde vocês expôs, e qual a repercussão?

R.: Eu fiz muitos shows, como a exposição no Museu Renault, o Automóvel Clube Argentino , etc... Eles foram todos um grande sucesso, mas também um grande esforço para colocar cada modelo na caixa, o transporte para o show, abrir de novo, colocar o nome em um cartão para que as pessoas fossem capaz de ler a história do carro, etc... 

E eu não queria ninguém para me ajudar, eu quero fazer tudo sozinho. Mas os resultados foram surpreendentes, como toda a mídia estava lá, e foi visitado por mais pessoas do que o esperado. Principalmente pude perceber facilmente que muitos pais estavam levando seus filhos como uma desculpa, mas eram os próprios pais que queriam ver a exposição...

14 – Você é Argentino de origem, mas há algum tempo esta radicado nos Estados Unidos, O que o levou a deixar o seu pais natal,  mudando radicalmente toda a sua vida e de sua família? O que você encontrou nos Estados Unidos, que fez com que você toma-se esta decisão?

R.: em 2001 a Argentina estava em uma confusão política (como de costume), juntamente com as ruas inseguras e, infelizmente, pensando no futuro dos meus filhos, com minha esposa, decidimos mudar para Miami. É muito difícil deixar o seu país, seus parentes, família, amigos, lugares que você visitou, a sua cultura, e mudar toda a sua vida. Mas estamos felizes com a nossa decisão, nos últimos 10 anos, as coisas não mudaram em tudo no meu país e da corrupção instalada no governo, que não há regras, na rua para que não matem você, só porque a tua você esta feliz. Eu amo meu país e eu sempre disse que minha casa é como uma embaixada argentina nos EUA, por causa de todas as recordações. Meu coração está em Buenos Aires.

15 – Também ficamos sabendo que você tem uma exposição permanente de peças de sua coleção em um restaurante nos EUA, a ideia de compartilhar a sua paixão com outras pessoas é sensacional, Você criou um restaurante temático? Pode nos contar como surgiu esta ideia? Esta exposição conta só com miniatures suas, ou as vezes existem alguns colecionadores convidados que expõe também neste mesmo local?

R.: A ideia das miniaturas de carros na escala tema, o restaurante foi o primeiro projeto que eu tinha quando nos mudamos, e eu fiz isso. Nos EUA, tudo é corporativo e em todas as compras que você tem as mesmas lojas, em todos os cantos você tem o mesmo posto de gasolina , o mesmo Walgreens, o mesmo Mc Donald , meio chato. Então eu disse para mim mesmo: "Eu tenho que fazer algo diferente, algo que os clientes vão se lembrar " Agora eu estou no meu  12 º ano com o Waffleworks restaurante. A exposição é só com as minhas miniaturas e para o Halloween nós temos uma grande festa, em que eu trago meu Batmóvel em tamanho real e eu uso o meu traje 1966 Batman TV Show, e todos os meus funcionários ficam vestidos como Mulher-Gato, o Coringa, etc... É muito divertido !


Eu também organizei exposições de carros ao longo do tempo no estacionamento do restaurante.

16 – Você foi convidado para assessorar uma empresa fabricante de miniaturas na escala 1/18 no desenvolvimento de novos produtos, Qual é esta empresa? Quais foram os projetos que você ajudou a desenvolver? Nos conte como é participar da criação de um modelo, ainda mais se levarmos em conta que antes de mais nada você é um colecionador? Você consegue separar esta condição, ou acha que é um diferencial e até o ajuda nas tomadas de decisão?

R.: Eu acho que ser um colecionador e ser um conselheiro para um fabricante de miniaturas de carros é uma habilidade, um conhecimento que outro conselheiro, mesmo sendo um excelente engenheiro, não pode ter. Você está em ambos os lados da história, então você realmente sabe o que os colecionadores estão precisando e querendo comprar. Não é uma coincidência que para Sunstar, por exemplo, no novo Platinum 1/18 série, eu disse-lhes para fazer o Mercury Montclair 1956, The Star Chief Pontiac 1955, The Kaiser Henry J, O Pontiac Bonneville 1959, Plymouth Fúria de 1960, Nash Ouro Airflyte 1952 4 portas, todos os modelos que eu já havia desenvolvido para a minha própria Coleção Goldvarg, sendo a única diferença que os meus são na escala 1/43. Mesmo com o novo Sunstar Ford 1958, Mercury Park Lane de 1960, etc... são todos os modelos que já tinha estudado para minha Linha Goldvarg , então eu sabia que os colecionadores estavam procurando esses modelos. Também fiz as decorações das carrocerias para muitos da Linha Mini Buby.

17 – Nos conte a história do seu modelo favorito, e como foi ser o proprietário do único modelo oficial em tamanho real registrado fora dos EUA, e como foi a repercussão dentro do seu pais natal, A Argentina? Como é realizar um sonho desta dimensão?

R.: O meu carro favorito é o 1966 Batmóvel, usado na série de TV estrelada por Adam West e Burt Ward (o verdadeiro Batman e Robin!). Tive a sorte de encontrar um há quase 20 anos e comprá-lo. Foi o único Batmóvel mundial registrado fora dos Estados Unidos naquela época e eu tive a sorte de dirigi-lo nas ruas de Buenos Aires. Quando a minha família que decidiu se mudar para Miami, então trouxemos o Batmóvel conosco de volta ao seu país de origem, como ele era um membro da nossa família!
Sendo o proprietário de tal parte da história da Cultura Pop é um sonho que se tornou realidade e até hoje, todos os dias quando me levanto de manhã, eu vou para a garagem vê-lo, e ainda não consigo acreditar!


18 – Você participa de eventos de caridade, onde são arrecadados fundos para instituições beneficentes, Como é saber que fazendo aquilo que gosta, você ainda pode ajudar o próximo?

R.: Com o Batmóvel eu faço eventos de caridade, especialmente com a cidade de Hollywood, o Departamento de Polícia e do Escritório do Sheriff de Broward County, muitas vezes usando o meu  traje TV 1966 Batman Show.


É tão incrível ver o sorriso no rosto de uma criança que está deitada na cama em um hospital ou para o evento "Toys for Tots", quando damos brinquedos para as crianças que vivem em um ambiente familiar em que não há espaço para comprar brinquedos, quando eles não têm dinheiro suficiente nem para comprar a comida e, infelizmente, isso acontece muito aqui nos Estados Unidos.

19 – Você coleciona carros em tamanho real? Quantos você tem e quais são os modelos? Você segue algum foco ou segmento também nos carros 1/1?

R.: Eu tenho alguns carros 1/1, especialmente a partir do final dos anos cinquenta e sessenta. Como eu lhe disse, o 1966 Batmóvel é o meu favorito, mas eu também tenho um Volvo P -1800 1962 ( você se lembra do filme estrelado por Roger Moore? ), Um Alfa Romeo 2600 Sprint Bertone 1963. Este carro foi o único a sobreviver de quatro que foram importados pelo funcionário da marca Alfa Romeo, em setembro do mesmo ano para correr o "VII Grande Prémio de Super Naftas YPF ". Eu tenho toda a história e documentos originais, que garantem que o meu era o carro que correu naquele evento.


Eu também tenho um BMW Isetta 1958 (minha esposa me pediu para comprar para ela para seu aniversário o Compact BMW, e bem... eu vim para a porta com a Isetta ...), também um dos originais 1964 Mini, um Renault Gordini , um pouco NSU Prinz 1958, e mais um par.

20 – Qual é a sua opinião sobre o colecionismo de miniatures diecast de carros na atualidade? Qual é o mundo perfeito dentro do colecionismo na sua opinião? O que você conhece do colecionismo fora dos EUA?

R.: A Produção de miniaturas de carros colecionáveis foi ferida , como em outros hobbies, pela crise econômica de 2008 e 2011. Também não há tantos novos colecionadores, devido à popularidade de Nintendos , X -Box, etc... Muitos fabricantes e varejistas estão lutando com a economia de hoje e colecionadores têm a escolha entre comprar um modelo novo ou comprar comida, reformar uma casa, etc... Essa é uma das principais razões por que as fábricas querem atrair colecionadores ricos com high-end e modelos mais caros, com aqueles que são os colecionadores que não sofreram a crise em seus bolsos. Isso está acontecendo em todo o mundo, como, na minha opinião, em muitos países, é falso que a recessão está terminado.

21 – Você participa de Encontros e Convenções de colecionadores nos EUA? Já participou de algum fora dos EUA? Qual é a sua opinião sobre estes eventos?

R.: Eu geralmente quero compartilhar o fim de semana com a minha família, então eu não vou muito a convenções e reuniões. Pode ser, se estiver visitando um país em nossas férias, então sim, eu vou para esses eventos com eles, mas eu sempre gosto de partilhar a minha paixão com minha família.

Mas este tipo de eventos são necessários para atrair novos colecionadores para o nosso mundo. Aqui nos EUA, infelizmente, tudo é sobre Hot Wheels, como os americanos não descobriram ainda o atrativo e beleza de se colecionar miniaturas de carros na escala 1/43. Eu diria que a outra escala popular nos EUA é a 1 /24. Quando você vai a uma corrida da NASCAR, os únicos modelos que você vai encontrar nas lojas dos fornecedores serão na escala 1/64 e 1/24.

22 – Você já ouviu falar da COLECON BRASIL, Convenção independente de colecionadores de miniatures diecast de carros realizada no Brasil? Participaria de uma de suas edições, Como Convidado Especial Palestrante?

R.: Sim, eu ouvi falar muito sobre a Colecon Brasil, que é a maior convenção de miniaturas diecast de carros da América do sul, adoraria estar lá algum dia. Seria fantástico para compartilhar minha paixão com meus amigos brasileiros.


23 – No Ano de 2014, você recebeu uma das maiores honrarias, senão a maior, sendo indicado e entrando para o Hall Of Fame Diecast nos EUA, Como isso aconteceu? E como foi receber esta notícia? Você tem a exata medida da importância deste prêmio?

R.: Eu fiquei muito surpreso e honrado de ser introduzido ao Hall of Fame Diecast, em uma convenção realizada em Las Vegas, Nevada.  Acho que esse prêmio é uma das maiores honras que alguém envolvido no negócio de miniaturas de carros diecast pode ter. Personalidades como Jay Leno, George Barris, Michael Zarnock, foram empossados ​​para o Hall of Fame Diecast, assim, compartilhar esta honra com eles, é inacreditável. Eu tive a oportunidade de compartilhar o evento com o meu bom amigo Michael Zarnock, que é uma autoridade mundial em Hot Wheels. Ele escreveu muitos livros e ele também estava no Guinness World of Records, para a maior coleção Hot Wheels no mundo, um cara incrível. Eu orgulhosamente coloquei o certificado do Hall of Fame Diecast em uma das principais paredes da minha casa.